terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Temporada de 1923

JOGOS VÁLIDOS

1. 11/01/1923. 
REMO 3 X 3 NACIONAL-AM. 
Amistoso. 
Estádio Baenão.
Gols: Sant’Anna (1T e 2T) e Formigão (2T).

2. 23/01/1923. 
REMO 2 X 1 NACIONAL-AM. 
Amistoso. 
Estádio Baenão.
Gols: Secundino e Leôncio; Virgínio.
Obs.1: Essa partida trata-se de uma remarcação do jogo do dia 21/01/1923 (Remo 3 x 2 Nacional-AM), que foi suspensa.
Obs.2: A Folha do Norte informou que essa partida decidiria a posse da Taça Izidoro Figueiredo.

3. 15/04/1923. 
REMO 1 X 0 PANTHER-PA. 
Amistoso – Taça Lauro Muller. 
Estádio Baenão.
Gol: Secundino (2T).

4. 29/04/1923. 
REMO 3 X 0 UNIÃO SPORTIVA-PA. 
Amistoso – Taça Lauro Muller. 
Estádio Baenão. 
Gols?
Obs.: O Remo ficou com a posse definitiva da Taça Lauro Muller. 

5. 03/05/1923. 
REMO 0 X 0 UNIÃO SPORTIVA-PA. 
Torneio Início. 
Estádio?
Obs.: O Remo venceu nos escanteios por 1 a 0.

6. 03/05/1923. 
REMO 1 X 0 PAYSANDU. 
Torneio Início. 
Estádio?
Gol: Sant’Anna.

7. 20/05/1923. 
REMO 5 X 0 GUARANY FC-PA.
Paraense 1923. 
Estádio da Curuzu.
Gols: Formiga (2), Leôncio (2) e Sant’Anna.

8. 10/06/1923. 
REMO 2 X 1 UNIÃO SPORTIVA-PA. 
Paraense 1923. 
Estádio?
Gols: Leôncio e Sant’Anna.

9. 01/07/1923. 
REMO 14 X 0 PANTHER-PA. 
Paraense 1923. 
Estádio Baenão. 
Gols: Sant’Anna (7), Leôncio (4), Secundino (2) e João Couto.

10. 15/07/1923. 
REMO 0 X 1 PAYSANDU. 
Paraense 1923. 
Estádio Baenão.

11. 22/07/1923.
REMO 3 X 1 PAYSANDU.
Torneio (PA) – Festival do Viroscas.
Estádio da Curuzu.
Gols: Sant’Anna (1T e 2T) e Leôncio (2T).

12. 22/07/1923.
REMO 0 X 0 BRASIL SC-PA.
Torneio (PA) – Festival do Viroscas.
Estádio da Curuzu.
Obs.: Este jogo terminou mais cedo, face à escuridão do campo com a chegada da noite. O troféu ficou de ser disputado posteriormente.

13. 29/07/1923. 
REMO 2 X 0 BRASIL SC-PA. 
Paraense 1923. 
Estádio Baenão. 
Obs.: Os brasileiros abandonaram o campo ao final do primeiro tempo por não concordarem com a não marcação de impedimento do azulino João Couto, que tocou para Ratinho fazer o segundo gol azulino.

14. 15/08/1923. 
REMO 0 X 1 COMBINADO MILITAR-PA. 
Amistoso. 
Estádio Baenão. 
Obs.: Este jogo fez parte do festival promovido pelo Clube do Remo em homenagem ao Coronel Raymundo Barbosa, ilustre comandante da Região Militar.

15. 15/11/1923. 
REMO 0 X 2 BRASIL SC-PA. 
Amistoso. 
Estádio Baenão.

16. 30/12/1923. 
REMO 0 X 0 BRASIL SC-PA. 
Amistoso – Festival do Brasil SC-PA. 
Estádio Baenão. 

Estatísticas de Jogos Válidos

• Jogos: 16.
• Vitórias: 9.
• Empates: 4.
• Derrotas: 3.
• Gols Pró: 36.
• Gols Contra: 10.
• Saldo de Gols: +26.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Remo é o Líder Histórico de Público do Norte em Campeonatos Nacionais

Ao final da temporada de 2023, o excelente site Verminosos por Futebol publicou o Ranking de Público em Campeonatos Nacionais no Brasil (1967-2023), um belo trabalho do pesquisador cearense João Ricardo de Oliveira, especialista no assunto, que elenca as maiores médias de público dos clubes brasileiros em competições nacionais ao longo da história. Como era de se esperar, entre os times do Norte, o Remo assume a liderança, sendo ainda o único da região no Top 20 do país.


Como se observa, esse levantamento levou em consideração os jogos válidos pelo Torneio Robertão (1967-1970), Campeonato Brasileiro e suas divisões (1971-2023) e Copa do Brasil (1989-2023), deixando a Taça Brasil (1959-1968) fora do escopo. Essa pendência foi resolvida em 2024, com uma pesquisa inédita exclusiva da competição. E, mais uma vez, o Leão Azul era o nortista mais bem classificado.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Temporada de 1922

JOGOS VÁLIDOS

1. 29/01/1922. 
REMO 0 X 1 PAYSANDU. 
Amistoso – Taça Soberana do Mundo (1º Jogo). 
Estádio do Remo/Baenão. 

2. 02/04/1922. 
REMO 5 X 5 SELEÇÃO PARAENSE. 
Amistoso – Festival do Remo.
Estádio do Remo/Baenão.
Gols: Leôncio (2T e 2T), Formiga (2T), Zé Abreu (2T) e Formiga (2T).
Obs.: Jogaço! O Remo chegou a estar perdendo a partida por 4 a 0, virou para 5 a 4 com todos os gols marcados no segundo tempo, mas sofreu o empate, terminando a partida em 5 a 5.

3. 09/04/1922. 
REMO 2 X 2 PAYSANDU. 
Amistoso – Taça Soberana do Mundo (2º Jogo). 
Estádio do Paysandu/Curuzu.
Gols: Dudu Silva (31’/1T) e Secundino (35’/1T).

4. 14/04/1922. 
REMO 2 X 1 SELEÇÃO PARAENSE. 
Amistoso.
Estádio?
Gols: Leôncio (2).

5. 30/04/1922.
REMO 3 X 1 BRASIL SC-PA. 
Amistoso – Taça Lauro Muller.
Estádio do Remo/Baenão.

6. 07/05/1922. 
REMO 2 X 0 PAYSANDU. 
Amistoso – Taça Lauro Muller. 
Estádio do Remo/Baenão.
Gols: Ratinho, ? 
Obs.: Quando estava 1 a 0 para o Remo, o árbitro Lauro Câmara marcou pênalti a favor dos azulinos, causando revolta dos bicolores que abandonaram o campo. A penalidade foi batida sem goleiro, dando números finais ao encontro e a conquista da Taça Lauro Muller pelo Clube do Remo.

7. 21/05/1922. 
REMO 1 X 0 UNIÃO SPORTIVA-PA. 
Torneio Início 1922. 
Estádio do Remo/Baenão. 
Gol: Ratinho (1T).

8. 21/05/1922. 
REMO 0 X 0 BRASIL SC-PA. 
Torneio Início 1922. 
Estádio do Remo/Baenão.
Obs.: O Remo venceu nos escanteios por 1 a 0.

9. 21/05/1922. 
REMO 1 X 0 PAYSANDU. 
Torneio Início 1922. 
Estádio do Remo/Baenão.
Gol: Leôncio.

10. 28/05/1922. 
REMO 5 X 0 BRASIL SC-PA. 
Paraense 1922. 
Estádio do Remo/Baenão. 
Gols: Rato (1T), Ratinho (1T), ?, ?, ?

11. 18/06/1922. 
REMO 5 X 2 GUARANY-PA. 
Paraense 1922. 
Estádio do Remo/Baenão. 
Gols: ?, ?, ?, ?, ?

12. 09/07/1922. 
REMO 6 X 0 PANTHER-PA.  
Paraense 1922.
Estádio?
Gols: ?, ?, ?, ?, ?, ?

13. 23/07/1922. 
REMO 5 X 1 UNIÃO SPORTIVA-PA. 
Paraense 1922. 
Estádio do Remo/Baenão. 
Gols: Secundino (1T), Leôncio (1T, 1T e 2T) e Ratinho (2T). 

14. 06/08/1922. 
REMO 0 X 2 PAYSANDU.
Paraense 1922. 
Estádio do Paysandu/Curuzu.

15. 16/08/1922. 
REMO 0 X 0 PAYSANDU. 
Amistoso – Taça Sacadura Cabral. 
Estádio do Remo/Baenão. 

16. 01/10/1922. 
REMO 3 X 1 BRASIL SC-PA. 
Paraense 1922. 
Estádio do Remo/Baenão. 
Gols: Chermont (1T), Zé Pamplona (2T) e Leôncio (2T).

17. 15/10/1922. 
REMO 5 X 1 PAYSANDU. 
Paraense 1922. 
Estádio do Remo/Baenão. 
Gols: Sant’Anna (2’/1T), Pamplona (5’/1T e 1T), Estandico (2T) e Zé Pamplona (2T). 

18. 29/10/1922.  
REMO 6 X 1 UNIÃO SPORTIVA-PA. 
Paraense 1922. 
Estádio do Remo/Baenão. 
Gols: Nicolau (contra – 1T), Pamplona (1T, 2T, 2T e 2T) e Chermont (2T).

19. 12/11/1922. 
REMO 0 X 1 PAYSANDU. 
Paraense 1922. 
Estádio do Remo/Baenão. 
Obs.: O Remo chegou a abrir o placar através de Leôncio, desmarcado, mas o juiz anulou julgando que ele estava fora de jogo.

20. 19/11/1922.
REMO 1 X 0 UNIÃO SPORTIVA-PA.
Torneio (PA) – Festival da Associação dos Cronistas Esportivos (ACEP).
Estádio do Remo/Baenão.
Gol: Leôncio.

21. 19/11/1922. 
REMO 0 X 1 PAYSANDU. 
Torneio (PA) – Festival da Associação dos Cronistas Esportivos (ACEP). 
Estádio do Remo/Baenão.

22. 31/12/1922. 
REMO 2 X 0 NACIONAL-AM. 
Amistoso.
Estádio do Remo/Baenão.
Gols: Sant’Anna (33’/1T e 36’/2T). 

Estatísticas de Jogos Válidos

- Jogos: 22.
- Vitórias: 14.
- Empates: 4.
- Derrotas: 4.
- Gols Pró: 54.
- Gols Contra: 20.
- Saldo de Gols: +34.

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Temporada de 1921

JOGOS VÁLIDOS

1. 02/01/1921. 
FABRIL AC-MA 5 X 2 REMO. 
Amistoso. 
Estádio do FAC-MA – São Luís (MA). 
Gols: Alfredo (29’/2T) e Flávio (31’/2T). 

2. 06/01/1921. 
FABRIL AC-MA 2 X 2 REMO. 
Amistoso. 
Estádio do FAC-MA – São Luís (MA). 
Gols: Ratinho (35’/1T e 36’/1T).

3. 09/01/1921. 
FABRIL AC-MA 2 X 1 REMO. 
Amistoso. 
Estádio do FAC-MA – São Luís (MA). 
Gol: Leôncio (42’1T).

4. 13/01/1921. 
COMBINADO FABRIL AC/LUSO BRASILEIRO-MA 4 X 2 REMO. 
Amistoso. 
Estádio do FAC-MA – São Luís (MA). 
Gols: Leôncio (21’/2T e 57’/2T).

5. 13/02/1921. 
REMO 5 X 0 MILITAR SC-PA. 
Amistoso – Festival do Militar SC. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão.

6. 13/03/1921. 
REMO 1 X 0 BRASIL SC-PA.
Torneio (PA) – Festival do Brasil SC-PA. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão. 
Árbitro: Antônio Gomes (Nacional-PA). 

7. 13/03/1921. 
REMO 2 X 1 LUSO BRASILEIRO-PA. 
Torneio (PA) – Festival do Brasil SC-PA. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão.  
Gols: Leôncio e ? 
Obs.: O Remo conquistou a Taça Sousa Castro.

8. 22/03/1921. 
REMO 12 X 0 COMBINADO DO NAVIO UBERABA. 
Amistoso. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão.
Obs.: O combinado era composto por estudantes de universidades da América do Norte que disputaram várias partidas em Nova Iorque (EUA) e estavam com destino ao Sul do país.

9. 10/04/1921. 
REMO 2 X 3 UNIÃO SPORTIVA-PA.
Torneio (PA) – Taça Lauro Muller. 
Estádio da Curuzu. 
Gols: Secundino (1T) e Leôncio (2T).

10. 15/05/1921. 
REMO 1 X 0 LUSO BRASILEIRO-PA. 
Torneio (PA) – Taça Folha do Norte.
Estádio da Antônio Baena/Baenão.

11. 15/05/1921. 
REMO 3 X 1 BRASIL SC-PA. 
Torneio (PA) – Taça Folha do Norte.
Estádio da Antônio Baena/Baenão.
Obs.: O Remo conquistou a Taça Folha do Norte.

12. 22/05/1921. 
REMO 2 X 0 GUARANY FC-PA. 
Torneio Início 1921. 
Estádio da Curuzu. 
Gols: [Guarany FC] (contra) e Leôncio.

13. 22/05/1921. 
REMO 2 X 0 PAYSANDU. 
Torneio Início 1921. 
Estádio da Curuzu.
Gols: Leôncio e Rato.

14. 22/05/1921. 
REMO 0 X 0 LUSO BRASILEIRO-PA. 
Torneio Início 1921. 
Estádio da Curuzu. 
Obs.: O Remo venceu nos escanteios por 1 a 0 e sagrou-se campeão do seu primeiro Torneio Início.

15. 05/06/1921. 
REMO 3 X 0 BRASIL SC-PA. 
Amistoso. 
Campo do Marajó FC – Soure (PA). 
Gols: Leôncio, Formiguinha e Pamplona.

16. 12/06/1921. 
REMO 6 X 0 LUSO BRASILEIRO-PA. 
Paraense 1921 – 1º Turno.
Estádio da Antônio Baena/Baenão.
Gols: Ratinho (1T e 2T), Pamplona (2T e 2T), Antonico (2T e 2T).

17. 03/07/1921. 
REMO 1 X 2 PAYSANDU. 
Paraense 1921 – 1º Turno.
Estádio da Curuzu. 
Gol: Pamplona (2T).

18. 24/07/1921. 
REMO 2 X 0 LUSO BRASILEIRO-PA. 
Torneio (PA) – Festival do Centro Acadêmico. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão. 
Árbitro: Cícero Câmara. 
Gols: Zé Abreu e Secundino.

19. 24/07/1921. 
REMO 1 X 0 BRASIL SC-PA. 
Torneio (PA) – Festival do Centro Acadêmico. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão.
Gol: Miranda. 
Obs.: O Remo conquistou a Taça Sousa Castro.

20. 31/07/1921. 
REMO 4 X 1 UNIÃO SPORTIVA-PA. 
Amistoso – Festival da Liga Paraense de Sports Terrestres (LPST). 
Estádio da Antônio Baena/Baenão.
Gols: Leôncio (2), Secundino e Abreu.

21. 07/08/1921. 
REMO 2 X 0 LUSO BRASILEIRO-PA. 
Amistoso. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão.
Obs.1: Estava marcado inicialmente para este dia o confronto entre Remo e Brasil SC-PA pelo Campeonato Paraense, mas a Liga resolveu cancelar e, por isso, o Remo promoveu este amistoso. 
Obs.2: Quando faltavam sete minutos para o seu término, o Luso Brasileiro-PA teve um gol anulado por impedimento e, devido a isso, retirou-se de campo.

22.15/08/1921. 
REMO 2 X 0 PANTHER-PA. 
Torneio (BA) – Festival em prol da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão. 

23. 15/08/1921. 
REMO 2 X 1 BRASIL SC-PA. 
Torneio (PA) – Festival em prol da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão. 
Obs.: O Remo recebeu a Taça A Brasileira, da firma Ferreira Costa e C. 

24. 28/08/1921. 
REMO 0 X 0 UNIÃO SPORTIVA-PA. 
Torneio (PA) – Festival do Centro Católico. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão. 
Obs.: O Remo venceu nos escanteios por 1 a 0.

25. 28/08/1921. 
REMO 1 X 0 PANTHER-PA. 
Torneio (PA) – Festival do Centro Católico. 
Estádio da Antônio Baena/Baenão. 
Obs.: O Remo recebeu o bronze D. Antônio Macedo da Costa.

26. 04/09/1921. 
REMO 9 X 0 PANTHER-PA. 
Paraense 1921 – 1º Turno.
Estádio da Antônio Baena/Baenão.
Gols: Secundino (3), Leôncio (3), Dudu Silva (2) e Zé Abreu (1). 

27. 18/09/1921.
REMO 9 X 0 UNIÃO SPORTIVA-PA. 
Paraense 1921 – 1º Turno.
Estádio da Antônio Baena/Baenão. 
Árbitro: Abel Barros (Paysandu). 
Gols: Secundino (1T, 1T e 2T), Dudu (1T, 2T e 2T) e Formiguinha (1T, 2T e 2T).

28. 06/11/1921. 
REMO 7 X 1 GUARANY FC-PA. 
Paraense 1921 – 1º Turno.
Estádio da Curuzu.

29. 13/11/1921. 
REMO 2 X 0 BRASIL SC-PA. 
Paraense 1921 – 1º Turno.
Estádio da Antônio Baena/Baenão.
Gols: Formiga (1’/1T) e Secundino (1T). 
Obs.: No gol de Secundino, a bola bateu na trave, caiu dentro do gol e saiu, continuando o lance, com mais duas chances ao Clube do Remo. Porém, posteriormente, o juiz Clodoaldo Oliveira valida o gol, causando revolta nos jogadores do Brasil. O árbitro chegou a ir às arquibancadas para brigar. No seu retorno ao campo, aguarda 10 minutos e assinala o fim da partida.

30. 20/11/1921. 
REMO 6 X 0 UNIÃO SPORTIVA-PA.
Paraense 1921 – 2º Turno. 
Estádio da Curuzu.
Gols: Formiguinha (30’/1T), [Remo] (1T, 2T, 2T, 2T e 2T).

31. 11/12/1921. 
REMO 2 X 2 PAYSANDU. 
Paraense 1921 – 2º Turno.
Estádio da Antônio Baena/Baenão. 
Gols: Formiguinha (13’/1T) e Leôncio (25’/1T). 

32. 18/12/1921. 
REMO 6 X 0 BRASIL SC-PA. 
Paraense 1921 – 2º Turno.
Estádio da Curuzu.
Gols: Formiga, Pamplona, Leôncio (2) e Secundino (2).

Estatísticas de Jogos Válidos

- Jogos: 32.
- Vitórias: 23.
- Empates: 4.
- Derrotas: 5.
- Gols Pró: 102.
- Gols Contra: 25.
- Saldo de Gols: +77.

JOGOS ALTERNATIVOS

20/02/1921. 
REMO X GUARANY-PA. 
Torneio (PA) – Festival União-Artística Paraense. 
Estádio Baenão.

17/04/1921.
REMO X BRASIL SC-PA.
Amistoso.
Estádio da Antônio Baena/Baenão.

01/05/1921.
COMBINADO REMO/BRASIL SC-PA X WO PAYSANDU.
Amistoso – Festival do Grêmio Lusitano-PA.
Estádio da Antônio Baena/Baenão.
Obs.1: O Combinado não apareceu.
Obs.2: Com 607 votos, o Remo venceu o concurso de simpatia do Festival, contra 531 do Paysandu, 196 da Tuna e 50 do Brasil SC-PA.

03/05/1921. 
REMO X BRASIL SC-PA. 
Campo do Brasil Sport-PA (?).
Amistoso.

08/05/1921 – Foi realizado no Baenão um torneio eliminatório entre o Remo, o Brasil SC, o União Sportiva e o Luso Brasileiro, válido pelo Festival de Beneficência para construção do altar do Sagrado Coração de Jesus da Basílica de Nazaré.

12/10/1921. 
COMBINADO DA FPSN 2 X 2 MILITAR SC-PA. 
Amistoso – Festival da Federação Paraense de Sports Náuticos (FPSN). 
Estádio da Antônio Baena/Baenão.
Obs.: O Remo representou o Combinado da FPSN, que utilizou os uniformes do time azulino.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

A Fundação do Remo, por José Henrique Danin, o Fundador Número Um

José Henrique Danin em 1955. A Província do Pará, 05/02/1955

Entrevista com José Henrique Danin, um dos fundadores do Remo, publicada pela A Província do Pará em 05/02/1955:

Quando o Clube do Remo encerra o primeiro meio século de sua existência, não se pode deixar de levar o pensamento àqueles que o idealizaram, aqueles que primeiro viveram os seus anseios, as suas esperanças, as suas primeiras vitórias.

Quem teriam sido êles?

Como nasceu a idéia de fundação do Remo? E por que êsse nome? De quem a sugestão de assim batizá-lo?

Tudo isso é cousa que a geração moça do grande clube de Periçá desejaria conhecer nos seus mínimos detalhes.

É verdade que, por essas colunas, já Leonardo Ribas, pseudônimo que mal esconde figura veterana e querida do esporte da nossa terra, bem de perto ligado ao velho grêmio azulino, vem contando, desde dias atrás, muito da vida do Remo, nos primeiros dias.

Mas, a reportagem decidiu procurar mais alguma cousa.

O FUNDADOR NÚMERO UM

E pusemo-nos a pensar a quem ir procurar. E exatamente o número um dos fundadores: José Henrique Danin. Não poderíamos encontrar ninguém melhor e mais autorizado para falar sôbre os primeiros dias do Clube do Remo. Um telefonema ao coronel Moura Carvalho, figura ilustre e querida do nosso Exército, ex-governador do Estado e recém-eleito deputado à Assembléia Legislativa paraense, e acertamos o encontro. José Henrique Danin é sogro do coronel Moura Carvalho e daí termos procurado a intercessão deste para a entrevista. Já não sai de casa, há uns pares de anos, o fundador número um do Remo, a quem os anos não quebraram o entusiasmo de espírito, nem fizeram arrefecer a vibração pelo que foi obra sua, inspiração sua e de uns poucos companheiros, nos dias distantes da mocidade, há cinquenta anos atrás.

O NOME, INSPIRAÇÃO DE UM CLUBE EUROPEU

Falando pausadamente como quem em câmera lenta, estivesse a repassar no cérebro o filme das rememorações mais ternas, – o velho Danin, – permita-nos o fundador número um que o tratemos assim, nesta reportagem começou a dizer: 

— Éramos sete, no primeiro instante. Uma dissidência do Esporte Clube do Pará, a que então pertencíamos, levou-nos a pensar na fundação de um outro clube. Esses sete, eram Vitor Engelhard, Raul Engelhard, Vasco Abreu, Eugênio Soares, pai, Narciso Borges, nós e um outro que, no momento, não tenho bem certeza, se era Jean Marechal ou Eduardo Cruz, pois ambos, logo depois, estava conosco.

Fundamos então, o Grupo do Remo.

— Mas, por que êsse nome?

— Vou contar. Balamos a cabeça pensando que nome daríamos ao clube, ou melhor, ao Grupo. Foi quando Raul Engelhard, que estudará na Europa, sugeriu Grupo do Remo.

— Não vai ficar muito bem – advertiu um. E logo outro concordou. Naquele tempo, remo lembrava logo catraia. E poderiam pensar que éramos um clube de catraeiros.

Raul Engelhard explicou, porém, a sugestão. Lembrara-se um clube europeu, – o Rowing Club, Inglaterra. E assim nos convenceu. Ficou o nome: – Grupo do Remo.

— A cisão, – continuou José Henrique Danin, – no Esporte Clube se deu por causa de uma regata, na hora de formar as guarnições, e por causa, exatamente, da guarnição em que eu formava com os dois Engelhard e Eduardo Cruz, patroados por um filho de Cruz, alcançamos grandes vitórias. Nosso barco era a "Baleeira 6". Depois é que vieram os out-riggers. E o primeiro que o Remo possuiu foi um a dois que ofertei ao clube ao qual foi dado o nome de "Marleta". Tivemos também, a essa altura, nossa primeira iole a quatro, que também ofertei.

MEDALHA "A PROVÍNCIA DO PARÁ"

O fundador número um do Remo manda abrir um cofre e tira de dentro uma grande medalha de ouro. E disse: 

– Olhe aqui. Naquele tempo, conquistei essa medalha, numa prova que teve o nome de "A PROVÍNCIA DO PARÁ", como homenagem a êsse grande jornal, então na primeira fase de sua vida, nos tempos do velho Lemos. Aqui está gravado, na medalha, nas mesmas letras góticas, o nome do jornal.

O Grupo do Remo foi aumentando, tomando foros de um verdadeiro clube e se fez, assim, o primeiro Estatuto, ganhando todos que o assinaram o título de fundadores. Lá estão êsses nomes na ordem: José Henrique Danin, Raul Engelhard, Roberto de Figueiredo, Antônio de La-Rocque Andrade, Victor Engelhard, Raimundo Oliveira da Paz, Antônio Borges, Arnaldo Rebelo de Andrade, Manuel C. Pereira de Sousa, Ernestino Almeida, Alfredo Vale, José D. Gomes de Castro, José Maria Pinheiro, Luiz Rebelo de Andrade, Manuel José Tavares, Basílio Pais, Palmério Teixeira Pinto, Eurico Pacheco Borges, Narciso Borges e dr. Heliodoro Brito.

Eugênio Soares, Vasco Abreu, Cruz, Marechal, nesse instante estavam ausentes e, por isso, não assinaram, o Estatuto. Mas, são fundadores igualmente, ou melhor, foram fundadores.

FUTEBOL EM BATISTA CAMPOS

A primeira reunião se efetuou em uma casa no velho Largo da Pólvora, que o fundador número um já nem recorda onde era, se é que ela não desapareceu, mesmo. E conta, então, que o futebol começou com uns chutes na praça Batista Campos, para daí sair para o Largo de São Braz, com os primeiros jogos oficiais e os primeiros campeonatos.

A natação se fazia, como o water-polo, na Guajará, onde, também, Augusto Lobato dava os primeiros passos. No water-polo, lá estava o Lobato, o alemão Walman, Macambira, Bibi Bolinha e uns poucos mais.

E o velho Danin segue contando as glórias do Remo. A transformação em Clube do Remo, a velha garage do Largo da Sé, a reorganização, um período de desalento com os troféus todos sendo entregues a ele, para guardá-los. E, depois, a instalação na praça da República, a conquista da sede do Esporte Clube, lá em Nazaré, onde está ainda hoje, para concluir: 

– Nunca deixei de acompanhar um só instante a vida do Remo. E quando não mais saí, aqui o meu genro, o coronel Moura, me traz as notícias do que vai ocorrendo por lá. Sempre fiz questão que ele estivesse bem perto do Remo e de sua atividade, para que, assim, eu estivesse perto, também. E, hoje, quando se chega a este cincoentenário, posso dizer que vejo com orgulho e uma alegria que não tem limites a grandeza do nosso clube. Creio nos que tomaram a seus ombros o movimento renovador vitorioso nas últimas eleições. E creio que o Remo crescerá, mais, muito mais. Isso mesmo vou mandar dizer aos remistas de hoje, em mensagem que lhes vou enviar.

Lágrimas escorriam dos olhos do velho esportista, glória dos maiores do esporte paraense. Estava finda a entrevista.